O novo Centro de Trabalho está localizado na Avenida da Imaculada Conceição, n.º 736, e, como se afirma numa nota de imprensa de dia 13, da responsabilidade do Secretariado da Direcção da Organização Regional (DORB), trata-se de um edifício «renovado, propriedade do PCP, com espaço para iniciativas ao ar livre, com melhores condições para acolher todos, comunistas ou outros democratas, quantos queiram partilhar connosco os seus problemas e a sua luta». O novo CT será, assim, uma «casa para todos quantos, no Minho, queiram fazer connosco o caminho da construção da alternativa patriótica e de esquerda, o caminho da democracia avançada, com os valores de Abril no futuro de Portugal, todos aqueles que, com os comunistas, queiram construir o socialismo e o comunismo».

Para fazer face às despesas que a aquisição do novo Centro de Trabalho acarreta, a DORB decidiu lançar uma campanha de fundos, intitulada «Nova Casa para o PCP em Braga. Mais força na luta de sempre!», com a qual pretende angariar, até final do próximo ano, 50 mil euros. Esta campanha, esclarece-se no comunicado, inserida na preparação do XX Congresso do Partido e nas «linhas de trabalho de reforço da organização partidária, na acção geral do Partido de combate por uma vida melhor para os trabalhadores e para o povo, pela construção da alternativa patriótica e de esquerda, confia e conta com a contribuição dos comunistas e democratas do distrito».

Dia 22 é, portanto, um dia de festa em Braga, com a abertura oficial do novo Centro de Trabalho do PCP. Às 15 horas começa uma arruada entre a Arcada e o novo Centro de Trabalho do PCP (percorrendo a Rua D. Diogo de Sousa, a Rua do Souto, a Rua Frei Caetano Brandão, o Largo Paulo Orósio e a Rua dos Bombeiros Voluntários) e pelas 16h30 dá-se a inauguração «formal», que contará com a participação do Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, seguindo-se depois a festa popular, com música e petiscos.

Melhores condições

No comunicado, o Secretariado da DORB lembra o percurso dos comunistas em Braga e os vários centros de trabalho que aí tiveram desde o 25 de Abril. Logo após a revolução, recorda, o Partido abriu o seu Centro de Trabalho «ao cimo do Campo da Vinha, no centro da cidade de Braga» e foi a partir dele que durante um ano os comunistas «dirigiram a luta pelo avanço e consolidação do processo revolucionário». Foi este CT que foi destruído a 11 de Agosto de 1975 pelas forças da reacção, obrigando o Partido a encontrar outra casa.

Depois de ter passado por outros locais, lembra-se ainda no comunicado, foi a partir de 1978 que o Centro de Trabalho do PCP se mudou para a Rua de Santo André, onde permanece até aos dias de hoje. Este espaço, situado na zona central da cidade, «albergou ao longo destas quase quatro décadas a acção dos comunistas, aí se preparando muitas lutas, e iniciativas». Mas o tempo e as condições físicas do prédio, aliadas às exigências do trabalho do Partido, «colocaram de novo a necessidade de se encontrar um espaço com melhores condições», esclarece o Secretariado da DORB.